segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
Trilhas do Coração
Para visualizar, clique no livro e quando abrir, clique na tecla f11 para ficar tela cheia. Para BAIXAR, veja na coluna ao lado.
domingo, 11 de outubro de 2020
e-book
Para visualizar, clique no livro e quando abrir, clique em f11 para ficar tela cheia. Para BAIXAR, veja na coluna ao lado.
sexta-feira, 12 de junho de 2020
sábado, 23 de julho de 2016
A velha cadeira de balanço
A velha cadeira
de balanço
Foi
comprada há tantos anos que nem lembro mais, numa loja famosa da Heitor
Penteado, em que minha mãe sempre escolhia todos os móveis da casa desde que
casou. A cadeira de balanço, por primeiro, foi comprada para o meu pai, já
quando enveredou pelos seus cinquenta e poucos anos.... Sempre no mesmo canto,
a cadeira em cada nó da madeira antiga que a arrima, e na palhinha que combina,
teria muita coisa pra contar dos sonhos antigos resumidos em anseios
realizados. A mesa da sala, em que todos ali reunidos eram partes dos sonhos
conjuntamente sonhados....expectados...plasmados...revistos. E foram chegando
os agregados, todos tão amados, quanto reencontrados pela mais doce empatia, no
tempo, desde o universo de onde partiram para a terrena morada...com a
finalidade de todos nos encontrarmos. Encontro marcado, destino, busca...amor
em prevalência....não sei dizer o que seria....só sei que vivemos tudo isso. E
ali quantos Natais passados, quantos risos e quantas festas... quantos nascimentos...e renascimentos...e crescimento.... comemorados em união, em
paz....e quando a discórdia aparecia...sempre alguém varria. Depois meu pai
partiu pra terra original e passados tantos anos, a cadeira, como assistente ficou
muda em seu canto, mas, ao olhar para ela parecia sempre iluminada não sei se
pelo sol ou pela luz que dela emanava vinda de mais além....E chegou o dia em
que à minha mãe coube ocupar a velha cadeira de balanço, todos os dias, num
ritual quase mágico....como se os dias ali dançassem seu balé....até mesmo
quando andando bem pouquinho...com sua elegância permanente...ela se despertava....tomava
seu café da manhã...depois se banhava e se arrumava...como se fosse pra
sair....e ocupava a velha cadeira de balanço...fosse pra fazer o seu tricô...ou
para ler as revistas que não lhe faltavam....assistir suas novelas
preferidas...ou ainda para conversar....contar suas histórias....falar sobre a
sua vida....ou ver os campeonatos todos...e torcer, até o fim pelo seu
Corinthians.... A velha cadeira de balanço, ainda é o elo quando abro a
porta....e para ela olho....porque me fala de tudo isso e muito mais....e então
eu que não saio de uma cadeira que roda....me transporto para a infância e ali
me assento, imaginariamente, no colo do meu pai...como se ali permanecesse a
minha alma a balançar....ou de outras feitas, quando adentro a sala...e vejo a
cadeira de balanço ali vazia....novamente me vou vestida apenas de luz....e
ocupo o lugar que a sua saudade, mãe, a
sua partida criou....Deixem lá a cadeira mais um pouco....deixem nela o tempo
balouçar....as lembranças tão ricas de carícias....porque um dia será nela que
talvez precisemos nos sentar....Não se esqueçam que nem sempre as falas
d’alma...podem estar visíveis para tantos...por ser muito difícil sobre
elas conversar...Márcia Fernandes
Vilarinho Lopes
sábado, 23 de agosto de 2014
Juntos e tão sós
Intuitivamente
De repente faz sentido
O vaticínio da cigana
A predição da mãe de santo
A mensagem do médium
E estes sonhos
Feitos de clarões do sol
E diálogos d’alma
Em corpo adormecido
A tatuar a mente
Rabiscando o coração
Contando a mesma história
Intermitentemente
Feita do ontem bem arcaico
Em que fomos eu e você
Delineando o porquê
Desse encontro tão tardio
Após vazios de imensa dor
Pra tergiversar
O antigo amor feito de erros
Expressão da eternidade
A espera de acertos
Que nos põem seguindo cativos
Infinitamente juntos e tão sós
.
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Da série “Visões d’alma”
De repente faz sentido
O vaticínio da cigana
A predição da mãe de santo
A mensagem do médium
E estes sonhos
Feitos de clarões do sol
E diálogos d’alma
Em corpo adormecido
A tatuar a mente
Rabiscando o coração
Contando a mesma história
Intermitentemente
Feita do ontem bem arcaico
Em que fomos eu e você
Delineando o porquê
Desse encontro tão tardio
Após vazios de imensa dor
Pra tergiversar
O antigo amor feito de erros
Expressão da eternidade
A espera de acertos
Que nos põem seguindo cativos
Infinitamente juntos e tão sós
.
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Da série “Visões d’alma”
terça-feira, 23 de julho de 2013
Soma de amor
Quando pequenina
Você se enrodilhava
Num abraço especial
Que até hoje assim
Permanece em mim
.
Quando você se casou
Eu me enrodilhei
Num abraço especial
Que até hoje assim
Perdura em nós
.
E hoje quando vocês chegam
Unidos de maneira singular
Eu sinto a soma do carinho
Nesse nosso eterno abraço
A iluminar todo o meu caminho
.
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Da Série "Somas de amor
.
Quando você se casou
Eu me enrodilhei
Num abraço especial
Que até hoje assim
Perdura em nós
.
E hoje quando vocês chegam
Unidos de maneira singular
Eu sinto a soma do carinho
Nesse nosso eterno abraço
A iluminar todo o meu caminho
.
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Da Série "Somas de amor
Em homenagem à minha filha Graziela e ao meu genro Clément
segunda-feira, 25 de março de 2013
O tudo e o nada - II
O nada é a ausência do tudo
Que a imagem tenta mostrar
E o nada que você tem
É o nada que você dá
E a sua imagem mantida
É a sombra tão garantida
Do tudo a lhe faltar
.
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Da série “Sombras e Imagens”
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Diálogos do eu
Nas
brumas
Das
tragédias
Despertou-se
Irreconhecível
O meu
inquebrantável eu
.
Na
luminosidade
Do
aprendizado
Amanheceu
Configurado
O meu
eterno ser
.
Márcia
Fernandes Vilarinho Lopes
Da
Série “Solilóquios”
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Nas fronteiras do talvez
Um dia....
Um outro tempo em mim
Num outro espaço do tempo
Numa alegria sem fim
A escalada mais linda
Lá... nos Andes
E perseguimos a neve
E a neve desbarrancou
Do outro lado de nós
E bem pertinho de mim
.
Uma noite
Tão escura tão sem luar
Sem fulgor
Um outro dia
Do lado de lá de mim
Uma escalada sem plano
Uma corrida veloz
Uma saída sem portas
Uma janela pro mar
Sem asas para voar
.
Uma vida
Feita de alvorecer
Chegou finalmente
E se fez
Equilíbrio e alegria
Quebrando a monotonia
Da pseudo normalidade... talvez
E o nosso destino tão lindo
Nos fez separados juntinhos
Nas fronteiras do talvez...
.
Márcia Ferndandes Vilarinho Lopes
Da série “Movimentos
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
O abraço
Caminhando pela trilha
Feita vida em flores
Pelos rebordos da estrada
Misturada
Pedras seichos semi roladas
Do lago azul que fulgura
A alma do Universo
Que conspira
Com a alma do meu eu
Fazem-me parar
Onde começa o seu caminho
Assim tão igual ao meu
E o entroncamento
Transformado num abraço
Nos fez assim cativos
Indefinidamente..
Para todo sempre
.
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Da série “Momentos”
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Plenitude
Me leva
Me toma
Me tomba
Me encerra
Descerra
Encontra
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Série: “Momentos”
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Você meu melhor presente de Natal
Feliz em comemorar o Natal com
cada um de vocês que, durante o ano inteiro, esteve junto através dessa troca
de mensagens no dia a dia, a acrescer o nosso vínculo e, mesmo, pra você que
esteve sempre pode interagir nesse sentido e direção, mas que de outras formas
esteve presente em minha vida, eu agradeço a força do carinho e a certeza de
que fomos e somos um presente um para o outro e, assim, o nosso Papai Noel nada
mais é que a própria Vida, retratada por cada um de nós, vida, essa,inserida
nesse Universo repleto de riquezas e belezas, de que somos parte tão
contagiante como o brilho do sol, ou a vestimenta das estrelas, sob o olhar da
lua em reflexo no mar, esse mesmo mar a respirar por ondas que o vento acalanta
depois de beijar todas as plantas das florestas....e... em cadeia... o canto de
cada pássaro, os olhos alvissareiros de cada animal a dividir o espaço terreno
com as pedras ensimesmadas e mudas, os lagos como respiradouros da paz, rios
cantores eternos, tudo isso sob os acordes das bençãos diárias do Criador.
.
E tudo isso nessa soma que
soubemos incentivar, eu desejo se repita, assim de forma tão mágica e real, com
um abraço forte sempre a acarinhar,
fazendo dos nossos dias um renovado Natal, com imensa alegria a renascer nessa noite especial em que em nossas
vibrações assim nos manteremos reunidos.
.
Feliz Natal
Márcia
Vilarinho
25/12/2012
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Inusitados meios de transporte
A alma disse ao corpo
Tu me abrigas
Me tomas
Me acompanhas
Me completas
.
E o corpo vaidoso de matéria
Disse à alma
Eu sou a casa do teu eu
E só por mim respiras
E te locomoves...e chegas
.
E a alma em sorriso de sol
Vestida de lua...adornada por estrelas
Mirou se só no mar aberto
Livre do corpo adormecido
E galgou as rotas do Universo
.
O corpo adormecido
Pedra feito lava de vulcão tão derretido
Permaneceu ao toque do cronômetro vital
Que pulsa cadenciado desde o nascimento
E adormecido faz-se temporariamente morte
.
Metas físicas... além
E a alma assim liberta
Visitou as mais lindas paisagens
De sua real morada
Ilimitada e ilimitante
.
E o corpo ao raiar do dia
Fez-se novamente renascido
Sem consciência ainda
Em laivos mecânicos de torpor
Semi despertou-se
.
E acordado....meio adormecido
Perdeu-se no momento
Até que a alma o reincorporou
E de matéria revestido assim envaidecido
Por ela se tomou
.
Corpo e alma
Originariamente dependentes
São diferentes espécies de sementes
Que não se fazem prisioneiros
Por inusitados meios de transporte....
.
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Ecos musicais
Dedilho o velho violão
Enfurnado que estava
No meio do sem fim
De objetos estranhos
Que um dia conheci
E foram tão meus
Foram tão eu
Dedilho preguiçosa
O velho intróito
Da canção especial
Tão nossa
Só nossa
E não prossigo
Porque a melodia
Explode em mim
Em lágrimas a soar
Notas de saudade
Rebatendo ecos
Nos tacos ocos
Da sala vazia
De nós.....
.
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Mutismo Surreal
E foi assim
Que em nova escola
Você me alfabetizou
De forma diferente
Calando-me a alma
Tornando-a indiferente
E castrando-lhe a voz
Você a fez muda
Para não ouvi-la
E no mutismo
O sentimento represado
Prolifera como primavera
Que você nem sente
E nem vê
Mas na linguagem dos sinais
As almas se revelam
Nas poesias que eu faço
Na leitura de você
.
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
terça-feira, 12 de junho de 2012
Sob a moldura do passado
Há muito tempo
Píncaros da vida
Píncaros da juventude
Píncaros do amor
Uma surpresa marcante
No jantar à luz de velas
No edifício mais alto
No dia dos namorados
O brilho das alianças
Feitas em ouro
Delicadas
Especialmente criadas
Para nós
E no seu simbolismo
Na sua magia
Marcaram nossa união
Pra sempre
Indestrutível na força do metal
E houveram
Dias tórridos de verão
Em fogueiras de desejo
Frios os do inverno
Em brigas e discussões
A primavera floriu
E refloriu
No destino das sementes
E nos outonos
Dois lindos frutos
Gerados no útero
Com guarida no coração
E a cada dia que passa
Tudo fica mais bonito
Como se com uma batéia
Só recolhessemos o ouro
Sob a moldura do passado
Que nos fez viver de fato
Esse intenso e pleno amor
A subsistir na lembrança
Da mente
Gravado nas células eternas
Da alma
Porque assim eternamente
Amo e amarei você
.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Meu tão querido cigano
Um dia... além
O encontrei
Jovem como eu
Feliz em seus sonhos
Cumprindo suas metas
Genialidade pura
Capataz de sua aspiração
Medicina da emoção
Um dia cruzei o rio
E de volta naveguei
Na travessia da vida
Na prata que o sol trazia
Aos olhos da pura visão
Foi o adeus mais doído
Cravado no coração
Felicidade vivida
Felicidade perdida
Cada qual assim viveu
Seu calabouço de dor
E então o reencontro
Do cigano natural
Que ganhou o mundo
E a fama
Professor
Mestre
Elegia
Competência e garantia
De uma amizade em cores
Em tempos de afastamento
Até que um dia chegou
O amor completo e repleto
De universo e de poesia
Cujo ancoradouro dos sonhos
Colocou-nos mais que juntos
Mais que plenos
Porque somos
Desde o ontem
Até o agora
Você e eu
Eu e você
Juntos e separados
Num sem fim... de momentos
Em constante movimento
Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
A flauta de Pã
Acima, bem acima
Na montanha
De onde a vista voa
Nas asas do olhar
A névoa cor de rosa
Transparece
E o encanto vem
No feminino som
Ira
Ao masculino complemento
Arka
E o som real se mistura
Ao beijo quente
Que nos une
No frio do amanhecer
No bocejo do sol
Na flauta de Pã
Forte melodia
Em nós
Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
domingo, 18 de dezembro de 2011
Prenhe de orvalho
Eu quero um conúbio carnal com o Universo
Realmente verso
Em que as cachoeiras serão preparo pro meu êxtase
Realmente fase
E o sol se encarregará do calor a emanar ao redor
Realmente tórrido
E o mar fará do sal da vida o tempero
Realmente esmero
E as flores me farão pétalas em perfumes raros
Realmente caros
E as estrelas serão por fim o meu vestido
Realmente atrevido
Que o vento em cadenciado movimento
Rasgará
E o sereno da noite tão macio me fará
Prenhe de orvalho
E não mais serei mulher
Para ser só a real parte do Universo
.
Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Quando os cataventos pararem
Quando os cataventos pararem
Será porque adormeceu nossa emoção
Será porque adormeceu nossa emoção
E a brisa dos sentimentos findou
Deixando livre o ar em sua expansão
Nas lacunas de nossas células
.
.
Quando os cataventos pararem
Fixe-se nas cores mantidas quietas
Em sua mostragem sem rodopios
A energizar todos os olhos
E cantos e recantos de nós
.
Quando os cataventos pararem
No meio do orvalho recolha deles
Prismas em cristais mágicos
E no silêncio ouça o eco do meu coração
Em compassado som igual ao seu
.
Quando os cataventos pararem
Será porque extasiados olham
O balê dos nossos sentimentos
Baixo a todas as gamas dos raios do sol
Aquecendo o nosso universo inteiro
.
Quando os cataventos pararem
Deixe-os onde estiverem
Até que o ar respire novamente
Os vendavais do nosso amor
Enlaçados para sempre
.
Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Da taba à tribo
Assim .... No meio da selva
De pedras e poluição
A seta lançada
Atingiu-me o coração
E cupido maltrapilho
Chorou sua canção
No meio dos tambores
Do funk, pagode e rock in roll
A taba inteira fremia
E a tribo dançava completa
Na nudez que o passo
Do passado faz de nós
Os mesmos aborígenes
Em ternos e paletós
Abotando a simplicidade
Crônica, faraônica
Daqueles que na mata
Andavam pelos cipós
E das lágrimas da Iara
Rio posto ligado assim
Ao meu coração traspassado
Nasceu a mais plena visão
Da natureza inteira
Rios , cascatas, cachoeiras
Relva, plantas, flores
Cores e odores
Pássaros
Canções
Sol e chuva
Deus
Reconhecido em deuses plenos de vida
E então somente assim
Se curou meu coração
Eu curumin pajé
Renasço em mim
Assim...
Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
sábado, 29 de outubro de 2011
O canto do Vesúvio em mim
Nas profundezas
Do meu ser assim
Parte do meu eu é magma
E a outra parte é lava
Nos fragmentos de mim
Em calor insano
Acima do normal
Que expande
Intenso fogueiral
O ouro da minh’alma
Inteiramente forjado
E o carvão meta
Do diamante enfim
São o canto
Do Vesúvio
Em mim
Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Assinar:
Postagens (Atom)