domingo, 3 de julho de 2011

Êxodo

O barco da vida
Me trouxe ao relento
De onde eu estava
Paragens etéreas
Navio certeiro
Em banzo primeiro
Chorei de saudade
E os médicos disseram
Que era normal
Chorar pra viver
Abrindo os pulmões
.
Pro ar receber
Escrava dos dias
Minutos também
Rotina seguida
Sem rotas no além
Saudade intensa
De um querer bem
Maior que a viagem
Em eterno vai vem
Procuro e não encontro
Não sei se além
Ou mesmo aquém
Está o meu bem
.
O corpo açoitado
Na falta da asa
Que junto com a minha
Formando um par
Me faça voar
E assim vou clamando
Alforria no mar
Navio cargueiro
Oculto
No nevoeiro
Carregue essa dor
E devolva-me o amor
.
Que em outras paragens
Por certo ficou


Criado e postao por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

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