sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Você meu melhor presente de Natal

 
Feliz em comemorar o Natal com cada um de vocês que, durante o ano inteiro, esteve junto através dessa troca de mensagens no dia a dia, a acrescer o nosso vínculo e, mesmo, pra você que esteve sempre pode interagir nesse sentido e direção, mas que de outras formas esteve presente em minha vida, eu agradeço a força do carinho e a certeza de que fomos e somos um presente um para o outro e, assim, o nosso Papai Noel nada mais é que a própria Vida, retratada por cada um de nós, vida, essa,inserida nesse Universo repleto de riquezas e belezas, de que somos parte tão contagiante como o brilho do sol, ou a vestimenta das estrelas, sob o olhar da lua em reflexo no mar, esse mesmo mar a respirar por ondas que o vento acalanta depois de beijar todas as plantas das florestas....e... em cadeia... o canto de cada pássaro, os olhos alvissareiros de cada animal a dividir o espaço terreno com as pedras ensimesmadas e mudas, os lagos como respiradouros da paz, rios cantores eternos, tudo isso sob os acordes das bençãos diárias  do Criador.
.
E tudo isso nessa soma que soubemos incentivar, eu desejo se repita, assim de forma tão mágica e real, com um abraço forte  sempre a acarinhar, fazendo dos nossos dias um renovado Natal, com imensa alegria a renascer  nessa noite especial em que em nossas vibrações assim nos manteremos reunidos.
.
Feliz Natal
Márcia  Vilarinho
25/12/2012

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Inusitados meios de transporte


  • Exibir blog
  • A alma disse ao corpo
    Tu me abrigas
    Me tomas
    Me acompanhas
    Me completas
    .
    E o corpo vaidoso de matéria
    Disse à alma
    Eu sou a casa do teu eu
    E só por mim respiras
    E te locomoves...e chegas
    .
    E a alma em sorriso de sol
    Vestida de lua...adornada por estrelas
    Mirou se só no mar aberto
    Livre do corpo adormecido
    E galgou as rotas do Universo
    .
    O corpo adormecido
    Pedra feito lava de vulcão tão derretido
    Permaneceu ao toque do cronômetro vital
    Que pulsa cadenciado desde o nascimento
    E adormecido faz-se temporariamente morte
    .
    Metas físicas... além
    E a alma assim liberta
    Visitou as mais lindas paisagens
    De sua real morada
    Ilimitada e ilimitante
    .
    E o corpo ao raiar do dia
    Fez-se novamente renascido
    Sem consciência ainda
    Em laivos mecânicos de torpor
    Semi despertou-se
    .
    E acordado....meio adormecido
    Perdeu-se no momento
    Até que a alma o reincorporou
    E de matéria revestido assim envaidecido
    Por ela se tomou
    .
    Corpo e alma
    Originariamente dependentes
    São diferentes espécies de sementes
    Que não se fazem prisioneiros
    Por inusitados meios de transporte....
    .
    Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

    quarta-feira, 26 de setembro de 2012

    Ecos musicais

    Dedilho o velho violão
    Enfurnado que estava
    No meio do sem fim
    De objetos estranhos
    Que um dia conheci
    E foram tão meus
    Foram tão eu
    Dedilho preguiçosa
    O velho intróito
    Da canção especial
    Tão nossa
    Só nossa
    E não prossigo
    Porque a melodia
    Explode em mim
    Em lágrimas a soar
    Notas de saudade
    Rebatendo ecos
    Nos tacos ocos
    Da sala vazia
    De nós.....
    .
    Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

    sexta-feira, 10 de agosto de 2012

    Mutismo Surreal

    E foi assim
    Que em nova escola
    Você me alfabetizou
    De forma diferente
    Calando-me a alma
    Tornando-a indiferente
    E castrando-lhe a voz
    Você a fez muda
    Para não ouvi-la
    E no mutismo
    O sentimento represado
    Prolifera como primavera
    Que você nem sente
    E nem vê
    Mas na linguagem dos sinais
    As almas se revelam
    Nas poesias que eu faço
    Na leitura de você
    .
    Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

    terça-feira, 12 de junho de 2012

    Sob a moldura do passado


    Há muito tempo
    Píncaros da vida
    Píncaros da juventude
    Píncaros do amor
    Uma surpresa marcante
    No jantar à luz de velas
    No edifício mais alto
    No dia dos namorados
    O brilho das alianças
    Feitas em ouro
    Delicadas
    Especialmente criadas
    Para nós
    E no seu simbolismo
    Na sua magia
    Marcaram nossa união
    Pra sempre
    Indestrutível na força do metal
    E houveram
    Dias tórridos de verão
    Em fogueiras de desejo
    Frios os do inverno
    Em brigas e discussões
    A primavera floriu
    E refloriu
    No destino das sementes
    E nos outonos
    Dois lindos frutos
    Gerados no útero
    Com guarida no coração
    E a cada dia que passa
    Tudo fica mais bonito
    Como se com uma batéia
    Só recolhessemos o ouro
    Sob a moldura do passado
    Que nos fez viver de fato
    Esse intenso e pleno amor
    A subsistir na lembrança
    Da mente
    Gravado nas células eternas
    Da alma
    Porque assim eternamente
    Amo e amarei você
    .
     Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

    quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

    Meu tão querido cigano

    Um dia... além
    O encontrei
    Jovem como eu
    Feliz em seus sonhos
    Cumprindo suas metas
    Genialidade pura
    Capataz de sua aspiração
    Medicina da emoção
    Um dia cruzei o rio
    E de volta naveguei
    Na travessia da vida
    Na prata que o sol trazia
    Aos olhos da pura visão
    Foi o adeus mais doído
    Cravado no coração
    Felicidade vivida
    Felicidade perdida
    Cada qual assim viveu
    Seu calabouço de dor
    E então o reencontro
    Do cigano natural
    Que ganhou o mundo
    E a fama
    Professor
    Mestre
    Elegia
    Competência e garantia
    De uma amizade em cores
    Em tempos de afastamento
    Até que um dia chegou
    O amor completo e repleto
    De universo e de poesia
    Cujo ancoradouro dos sonhos
    Colocou-nos mais que juntos
    Mais que plenos
    Porque somos
    Desde o ontem
    Até o agora
    Você e eu
    Eu e você
    Juntos e separados
    Num sem fim... de momentos
    Em constante movimento

    Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

    quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

    A flauta de Pã


    Acima, bem acima
    Na montanha
    De onde a vista voa
    Nas asas do olhar
    A névoa cor de rosa
    Transparece
    E o encanto vem
    No feminino som
    Ira
    Ao masculino complemento
    Arka
    E o som real se mistura
    Ao beijo quente
    Que nos une
    No frio do amanhecer
    No bocejo do sol
    Na flauta de Pã
    Forte melodia
    Em nós


    Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes