segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Da taba à tribo

Assim .... No meio da selva
De pedras e poluição
A seta lançada
Atingiu-me o coração
E cupido maltrapilho
Chorou sua canção
No meio dos tambores
Do funk, pagode e rock in roll
A taba inteira fremia
E a tribo dançava completa
Na nudez que o passo
Do passado faz de nós
Os mesmos aborígenes
Em ternos e paletós
Abotando a simplicidade
Crônica, faraônica
Daqueles que na mata
Andavam pelos cipós
E das lágrimas da Iara
Rio posto ligado assim
Ao meu coração traspassado
Nasceu a mais plena visão
Da natureza inteira
Rios , cascatas, cachoeiras
Relva, plantas, flores
Cores e odores
Pássaros
Canções
Sol e chuva
Deus
Reconhecido em deuses plenos de vida
E então somente assim
Se curou meu coração
Eu curumin pajé
Renasço em mim
Assim...

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes


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