quarta-feira, 16 de junho de 2010
O dia foi com a lua se deitar....
O dia foi com a lua se deitar....
O meu dia hoje amanheceu desperto, com luminosidade especial, como se raios multicoloridos, em tons diversos, vindos do sol, fossem os cabelos encaracolados desse dia, assim, já de manhã tão arrumado.
Através da brisa mais suave que encontrou escovou o pó do tempo e varreu as ruas do passado, de forma lépida.
Colocou algumas gotas de orvalho perfumado com aroma de flores, das mais atrativas e irresistíveis fornecedoras de néctar nacarado e perfumado, atrás de suas orelhas, digo dos rios que compuseram o cenário, dois rios lindos, que não me perguntem porque me pareceram efetivo par de orelhas do meu dia, pela sonoridade da água.
Abraçou de forma calorosa, como se tivesse um relógio no peito, tic tic tac, de vida, de momento bom, de prenúncios alvissareiros, o cronograma diário dos meus passos em compasso de tic tac também.
De repente, sorriu, um sorriso largo, através do vôo de muitos pássaros e caminhou comigo como se os seus passos fossem o próprio espaço, em que eu me situei em cada um dos meus momentos diários.
Ah ! esse dia apaixonante, me fez assim apaixonada e igualmente vibrante convidei- o pra dançar.
Ai! que dia radiante e lindo, no rodopiar do redemoinho que se fez no ar, de forma alegre e dourada, pra quem quiser e puder acreditar.
E o dia, tão desperto, não me deixou nem quando a noite como caleidoscópio brilhando chegou.
Mas eis que a lua, essa minha rival, imperdoável rival, levou meu dia pra longe e não me restou nada além do que dele me relembrar.
Entra dia, passa dia, na poeira das estrelas todos eles vão com a lua se deitar.
Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
O ser humano e o amor
O ser humano e o amor
O coração é um poema
Escrito em idioma original
Em que a linguagem do Criador
É apenas elemental
O amor é o substrato
Posto na mais ínfima flor
Que norteia a vida inteira
O equilíbrio mais vasto
A mente é o adorno
Que veste cada partícula
Existente no cosmos
Somada na fonte do mundo
A alma é o sorriso da matéria
Na mais bela arte plástica
Própria do Escultor
E o ser humano é a quimera
Que ama o próprio amor
Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Minha meiguice, seu silêncio
Minha meiguice, seu silêncio
Grita meu coração
Expande minha alma
Meus olhos são dourados
Pela imensa luz do amor
Do sol
Da Lua
Das estrelas
Sou romântica
Sou semântica
Na meiguice
Perfume que exalo
Somente pra você
Desde quando adormeço
Até à hora em que me reconheço
Na melodia sou flauta
Na vida sou dança
Na terra sou esperança
No sorriso sou criança
No amor sou mulher
Silencia o seu coração
Encolhe sua alma
Machucada
Seus olhos são distantes
Fixados no oceano
Mar em dia de chuva
Sem lua
Sem estrelas
Controvérsia
No silêncio que exala
A ausência de você
E ao mesmo tempo
A sua presença que cala
Esperança
Meta do amanhã
Na melodia você é harpa
Na vida é criança
Que chora a desesperança
E busca, no entanto,
Ser do amor o menestrel
E na sinfonia da vida
Em que o sentimento passeia
E a alma se enleia
Na composição dessa música divina
Uma mulher e um menestrel
Em flauta e harpa
Unidos sem anel
Compõem melodia sem igual
Que até os anjos sabem entoar
Que até os pássaros chilreiam
Que o etéreo matiza
Que a terra semeia
Minha meiguice
Seu silêncio
Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Lá vem
Lá vem
A onda que quebra a areia que bate no mar
Lá vem
O sol que aquece o bêbado gelado quando anoitece
Lá vem
A pedra atirada numa sangrenta palavra que esmorece
Lá vem
O choque elétrico do ônibus que para na rede sem vagar
Lá vem
A notícia maligna que ataca o mundo e fere a luz da esperança
Lá vem
O tabalho pesado estressante estressado finalizado acabante acabado
Lá vem
A lua figura que cresce no alto do rumo de estrelas em sua andança
Lá vem
Você como eterna criança
Sorriso tão lindo
Eterno vai vem
De lábios abertos
Num doce beijar
Meu corpo abraçar
Lá vem
O meu bem
Postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Parto
Parto
Junção de amor
Junção de células
Embrião
Feto
Vida
Alma?
Chega
Encontra
Fica
Destino?
Meta?
Perdão
Recuperação
Novos elos
Amor
União
Reunião
A que vem?
Sonhos
Reencontros
Discussão
Opção
Vida
Calma
Luz
Pacto
Sangue
Alimento
Placenta
Cordão
Umbilical
De prata
Dor
Água
Porta aberta
Universo conclama
Canal
Esforço
Espírito
Corpo
Interação
Parto
Nascimento
Renascimento
Ser
Aprendiz
Amor
Lá vemPostado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Reminiscências do avesso
Reminiscências do avesso
Viro-me para um lado e não encontro o outro. Não sei se é dia ou noite e carrego comigo , para onde vou, toda a estrutura do hospital.
De repente ele se abre para uma praia e lá estou. Horas outras ele se abre para uma varanda de uma fazenda da infância e lá estou no que restou.
Alguém me vira e parece que o mundo inteiro revira em mim, tamanha a sensação de torpor e de lonjura daquelas mãos que cuidam do meu corpo adormecida na inércia e dopado de medicação..
De repente pulo fora da gaiola e vou, voando rumo ao sol, um pouco mais à direita em prumo e sumo na imensidão.
Chego a um jardim em que me chama atenção a cascata de água transparente. Por trás dela conseguem se sobressair seixos de ônix, coloridos em matizes indescritíveis que colhem a minha leveza, porque meus olhos os conseguem acariciar.
Procuro, então, alvoroçada o Jardineiro Chefe do local e sento-me numa das cadeiras ao redor da mesa colossal, onde muitos estão em calma discussão. Alguém me cumprimenta e quando vejo, é você Ka, que está a me falar. Você que em egípcio quer dizer alma. Você que em vida foi realmente Ka. Amor eterno em eterna plenitude, foi, é, sempre será.
Faço um discurso curto de apresentação e digo que tenho pressa, pois meu corpo me espera, e não estou em quimera, e para ele quero voltar, para atender os desígnios que o Sr. Jardineiro permitiu fossem sementes em mim e que, agora em flores, ainda precisam que eu, ao exemplo do Sr., lhes cuide com amor o jardim, onde enraizados estão em plena expansão.
Grande murmúrio e muita troca de olhares com lindos raios de amor se projetando dos corações sobre mim. Somente então vi que andava.
E quanto mais o amor me tocava, vindo daqui e dali, mais leve eu me sentia, e volitando voava rumo ao retorno do caminho, sem dúvidas de qualquer espécie, agradecida em prece, segura num par de asas, que então me carregava assim.
Era meu anjo da guarda e nunca mais o esquecerei
Antes de retornarmos nos sentamos junto à relva e ali adormecemos, tonificados pela seiva que das raízes do todo lançavam energia em mim.
Depois junto à orla do mar novamente me devolveram o cordão de prata que me une ao aqui e lá, e o iodo que do oceano chegava fartamente me recuperava.
Passei, antes por minha casa, pra ver se tudo estava no lugar.
Quando acordei, alguém me disse suavemente que eu vivera o retorno e foi assim que acordei..... do coma.
Criado, vivido e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
sexta-feira, 11 de junho de 2010
SEMPRE!
Na casa dos meus anseios
Você vive como esteio
Do meu mar de amor
Na casa dos devaneios
Você vive como espelho
Da ilusão mais real
Na casa do coração
Você vive como toada
No tic tac da emoção
Na casa da saudade
Você deixou de ter idade
Pois vive a cada minuto
São tantas as minhas casas
E tão unas na morada
Como és uno para mim
Sempre!
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
AMOR LETAL
REALISMO
NÓ CEGO
RETOMADA
DAS ROTAS E RETAS EM MIM
Nas rotas perdidas
Em retas
Perpendiculares em mim
No sonho acalanto
Do amor
Buscado enfim
Na realidade pisada
Nos passos
Cansados ao fim
Na rota jornada
Coração
Batendo apressado
No passado
Curumim
De olhos brilhantes
No presente
Acrescido
Em amor assim
Criança que aprende
Adulto que acende
Estrela afim
Na oca da vida
Seguindo
As pegadas vim
Nas rotas perdidas
Em retas paralelas
Perpendiculares em mim
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
CONFIANÇA
Ser amigo é confiar
Que a amizade te escolhe
Ser amor é confiar
Que o amor não pode machucar
Ser o que quiseres ser
Mas ser verdadeiro
Jogar pra longe traumas
Complexos e ranços derradeiros
Sorrir por expressar
E não sorrir apenas pra mascarar
Na natureza tudo é límpido
Puro e natural, por isso belo
E nós somos assim também
Aqui, acolá ou além
Partes desse universo inteiro
Vida que nos faz gigantes
Soma que nos faz fortes
Mas por que te escondes?
Sou tua amiga, sou tua amante
E ser amante é de verdade amar
Mas não de pejorativa forma
Que amor jamais será
Porque esse teu medo?
Nunca cobrarei nada de ti.
Por que esse receio
Se nada anseio?
No entanto quando te vejo
Pelo canto do meu olho
Choro junto a tristeza
Que percebo em ti
E aí gostaria tanto
De dizer vem tomar um café
E ai gostaria mais ainda
Que você viesse confiante
Fica aqui, então, o meu convite
Não te quero jamais um confinante
E o café, já sabes.
Será feito por ti...
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
PORQUE TE AMO
Minha alegria
Como dia de sol
É ouvir a sua fala
Macia em meio ao sorriso
Real
De cada dia
Minha alegria
É correr em pensamento
Abraçando-te o coração
Aninhando-me em tu’alma
Beijando tua respiração
Balançando-me na rede dos teus olhos
Minha alegria
É a poesia que se cria em mim
Cada vez que em você penso
Cada vez que com você estou
Cada vez que em você estou
Porque te amo
Minha alegria
Doce e mágica alegria
Está sim e assim nesse amor
Guia de luz na minha estrada
Luz que me guia atá a sua estrada
Estrada que mais que companheiros
Na junção de eus, nos torna em nós
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Além do muro do mundo
Na viuvez dos meus versos
Tua vida em vão seguro
E num porto junto ao mar
Da despedida final
Na porta aberta ao etéreo
Onde a tela semi mostra
Teu caminho longe a mim
Singrar não mais eu posso
No amor que foi tão nosso
Essa dor assim letal
Em que se chega ao final
Então vôo
Em asas quebradas
Rolo seixos e revôo
Nas dores que me avassalam
Nos punhais que se intercruzam
Na mortes que assim me matam
Nos minutos que me assustam
Sou tua e és meu de fato
E nesse caminho difuso
Além do muro do mundo
Segues então bem primeiro
Depois eu sem te alcançar
Então sonho
E nesse sonho primeiro
Abraço o teu caminhar
E o coração solto
Levo sem embrulhar
Carregado pelo vento
Brilhando em seu alento
Pra lhe encontar madrigal
Nesse caminho bendito
Que se faz assim real
Grossas lágrimas
São chuvas
Em sonho sem arrebol
Márcia Vilarinho
segunda-feira, 7 de junho de 2010
O GIRASSOL E A BORBOLETA
AO MEU AMOR
No rumo das estrelas
Mandei passear minhas tristezas
No rumo do sol
Mandei plasmar os meus anseios
No rumo da lua
Mandei plantar os meus amores
No rumo do mar
Mandei buscar o infinito
No rumo do céu
Mandei laçar meus sonhos
No rumo das nuvens
Mandei navegar meus receios
No rumo dos ventos
Entreguei meus pesadelos
No rumo da chuva
Banhei lágrima por lágrima
No rumo da terra
Em terra
Encontrei-te
E as estrelas
O Sol
A Lua
O Mar
O céu
As nuvens
Os ventos e a chuva
Me fizeram tua... inteira
Criado e postado por
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
sábado, 5 de junho de 2010
LOCOMOTIVA DA VIDA
LOCOMOTIVA DA VIDA
Locomotiva da vida
Vagões vêem
Vagões vão
Tchic Tchic
Tchic Tich
Nos caminhos
Sobre trilhos
Vou
Locomotiva da vida
Vazia de vagões
Em caminho sem trilhos
É como casa vazia
Em que cada vagão
Se fez locomotiva
Da vida
Em partida
Locomotiva sem vida
Sem mais apitos do trem
Sem thic thic thic thic
Sem cores,
Sem estações
Parada sobre os trilhos
É pura recordação
Da vida em emoção
E da chegada à partida
Viajantes não mais vão
Márcia Vilarinho
EU - LAGO
ETERNO AMOR ETERNO
ETERNO AMOR ETERNO
Quero-te inteiro meu
Por uma noite inteira
Perpetuada em dias
Eternamente nossos
Quero-te ao lado meu
Por um dia todo
Perpetuado em noites
De sonhos nossos
Quero teu corpo meu
Pra sempre unificado
No balê flamenco
Dos flancos nossos
Quero a alegria tua
Para sempre posta
Nos meus lábios
Num beijo nosso
Quero a vida
A plenitude
O apagar de luzes
O começar do incêndio
E tudo isso....nosso
Márcia Vilarinho
CONTROVÉRSIA
CIUME
CIUME
No jardim das cumeeiras
Bem no alto perto ao céu
Flores de cristais reflexas
Matizes de luzes ao léu
Caleidoscópios sem véu
No topo da serrania
Em que o ar transpassa
Movimentos mágicos
Nas asas dos pássaros
Formando a trilogia
Da beleza máxima
A fomentar a paz
Desponta uma flor
Ao lado do jardim
Em vulto de mulher
Lívida e incolor
Aborrecida se vê
Porque ali não está
E no jardim das cumeeiras
Bem no alto perto ao céu
Surge então o ciúme
Sem caleidoscópio
...só com véu
Márcia Vilarinho
Chibatas na alma
Catavento do amor
Catavento do amor
Sou como catavento
Ao sabor do vento
Em faces de multicores
Sou irmã do girassol
E dos pássaros do arrebol
Livre pra voar
Sim, sou como catavento
Ao sabor do tempo
Girando e girando a girar
Facetando cores a buscar
A força do teu olhar
Azul em cor do mar
Sou como catavento
Em meio a mil flores
Entre elas o jasmim
Sou canções de amores
Feita única canção em mim
Sim sou como catavento
A enfeitar o ar
E você...companheiro meu
Acabou por ser o terno vento
Sempre a me acariciar
E eu?
Márcia Vilarinho
Reencontro de amor
Reencontro de amor
São teus olhos que me prendem
Neste diálogo mudo
Aos ouvidos de mortais
Amo-te tanto, tanto.
E tão longe estás
Da sintonia da vida
Do barulho do mar
Dos passos que demos juntos
Dos abraços que enlaçaram
Nossas vidas colossais
Perto demais estás
De todos os arcanos
Em notas musicais
Amo-te partitura da minha vida
Tela de seda tecida em pinturas
De nossos tempos vividos
Em felicidade total
São teus olhos que me buscam
Faroletes multicores
A provocar-me amores
Amores que não se vão
Eternos que se refletem
São teus olhos que me abraçam
Na fumaça desta alma
Que brilha como o luar
São teus olhos que acalentam
Essa doída história
Que foi felicidade um dia
E hoje é amor de outrora
Amo teus olhos
Guias certeiros
De caminhos matreiros
Que me fazem estar aqui
São teus olhos
Que hoje choram o amor
Mais puro e derradeiro
Que meu corpo já cantou
Ah! Teus olhos são tua alma
Gritando apenas.... saudade
Márcia Vilarinho
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