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O dia foi com a lua se deitar....
O meu dia hoje amanheceu desperto, com luminosidade especial, como se raios multicoloridos, em tons diversos, vindos do sol, fossem os cabelos encaracolados desse dia, assim, já de manhã tão arrumado.
Através da brisa mais suave que encontrou escovou o pó do tempo e varreu as ruas do passado, de forma lépida.
Colocou algumas gotas de orvalho perfumado com aroma de flores, das mais atrativas e irresistíveis fornecedoras de néctar nacarado e perfumado, atrás de suas orelhas, digo dos rios que compuseram o cenário, dois rios lindos, que não me perguntem porque me pareceram efetivo par de orelhas do meu dia, pela sonoridade da água.
Abraçou de forma calorosa, como se tivesse um relógio no peito, tic tic tac, de vida, de momento bom, de prenúncios alvissareiros, o cronograma diário dos meus passos em compasso de tic tac também.
De repente, sorriu, um sorriso largo, através do vôo de muitos pássaros e caminhou comigo como se os seus passos fossem o próprio espaço, em que eu me situei em cada um dos meus momentos diários.
Ah ! esse dia apaixonante, me fez assim apaixonada e igualmente vibrante convidei- o pra dançar.
Ai! que dia radiante e lindo, no rodopiar do redemoinho que se fez no ar, de forma alegre e dourada, pra quem quiser e puder acreditar.
E o dia, tão desperto, não me deixou nem quando a noite como caleidoscópio brilhando chegou.
Mas eis que a lua, essa minha rival, imperdoável rival, levou meu dia pra longe e não me restou nada além do que dele me relembrar.
Entra dia, passa dia, na poeira das estrelas todos eles vão com a lua se deitar.
Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes