sábado, 5 de junho de 2010

Reencontro de amor


Reencontro de amor

São teus olhos que me prendem
Neste diálogo mudo
Aos ouvidos de mortais

Amo-te tanto, tanto.
E tão longe estás
Da sintonia da vida
Do barulho do mar

Dos passos que demos juntos
Dos abraços que enlaçaram
Nossas vidas colossais

Perto demais estás
De todos os arcanos
Em notas musicais

Amo-te partitura da minha vida
Tela de seda tecida em pinturas
De nossos tempos vividos
Em felicidade total

São teus olhos que me buscam
Faroletes multicores
A provocar-me amores
Amores que não se vão

Eternos que se refletem
São teus olhos que me abraçam
Na fumaça desta alma
Que brilha como o luar

São teus olhos que acalentam
Essa doída história
Que foi felicidade um dia
E hoje é amor de outrora

Amo teus olhos
Guias certeiros
De caminhos matreiros
Que me fazem estar aqui

São teus olhos
Que hoje choram o amor
Mais puro e derradeiro
Que meu corpo já cantou

Ah! Teus olhos são tua alma
Gritando apenas.... saudade


Márcia Vilarinho

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