segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sou deserto...meio e fim


Sem oásis
Sem transporte
Em chinelas
Sem palácios ou quimera
Sou deserto, meio e fim

Na vastidão de areia
Que fere os olhos
No clarão da aurora
Eu me perco assim
Tórrida sem meio ou fim

No calor que abrasa
Que derrete a neve
Nos contrários pólos
Minhas calotas de mundo
Contraditórias em meio e fim

E sigo buscando
Um não sei que, pra que, aonde
Até encontrar a catacumba
Ou a tenda do sheik mais bonito
Prosseguindo entre meio e fim

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

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