Sem oásis
Sem transporte
Em chinelas
Sem palácios ou quimera
Sou deserto, meio e fim
Na vastidão de areia
Que fere os olhos
No clarão da aurora
Eu me perco assim
Tórrida sem meio ou fim
No calor que abrasa
Que derrete a neve
Nos contrários pólos
Minhas calotas de mundo
Contraditórias em meio e fim
E sigo buscando
Um não sei que, pra que, aonde
Até encontrar a catacumba
Ou a tenda do sheik mais bonito
Prosseguindo entre meio e fim
Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
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