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Somos versos despedaçados
De uma poesia que não acabou
Somos corpos cansados
Num abraço que não terminou
Somos um ato em cena
Encenando o próprio ato
Somos teatro e platéia
Num todo que se enlaçou
Somos ribalta e futuro
Na busca que não caminhou
Somos atalho e caminho
Que o tempo direcionou
Somos desejo e anseio
Num rito que não vingou
Somos um grito mudo
Que a vida prefaciou
Perpendiculares da vida
São paralelas perdidas
Que a vida assim desenhou
Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
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