quinta-feira, 8 de julho de 2010

CANÇÃO DA DOR SILENTE


Como índias carpideiras
Nas ocas em palheiras
Meus olhos em dor silente
Cantam meu Peri ausente
Que tão só me deixou

Com o orvalho da manhã
Enfeitando toda a ocara
Meu coração cunhatã
Chora como acará
Feito pedra a soluçar

Como as estrelas da noite
Como os raios e o luar
Como o fogo da clareira
Diante da grande aroeira
Cantando para Rudá

Sou seixo que rola
Nas águas de prata
Sou canto nascente
Sorriso inocente
Que clama o amor

No meio da taba
Num canto da oca
Perfume de flor
Gigante essa dor
Peri não voltou


Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

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